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Don Próspero Tannat Merlot é o vinho de entrada, entre os tintos, da Bodega Carlos Pizzorno, pequena vinícola instalada no Estado de Canelones, no Uruguai, com produção anual de 80 mil garrafas/ano.
Com a pretensão de ser uma “vinícola boutique”, com sobreposição da qualidade ante a escala, o enólogo e proprietário Carlos Pizzorno afirma que 50% a 60% da produção das uvas dos parreirais próprios são podados para fortalecer os frutos que sobram e, assim, assegurar um posicionamento superior para os vinhos ali fabricados em comparação ao resto do mercado.
“Não estamos preocupados com escala, mas com um padrão de qualidade significativo e que se repita safra a safra”, disse Pizzorno a MundoVinho.
Como o próprio anuncia, o vinho tinto é constituído de um corte das cepas Tannat (60%) e Merlot (40%). A produção anual gira na casa de 30 mil garrafas, sendo a maior parte consumida pelo próprio mercado uruguaio.
A fermentação ocorre em cubas de inox, sem passar por carvalho e, segundo o produtor, está pronto para ser consumido com temperatura ideal de 18ºC, acompanhando massas ou carnes vermelhas.
“Um vinho frutado, com taninos suavez e redondo.” Assim Carlos Pizzorno, enólogo e proprietário da uruguaia Bodega Carlos Pizzorno qualificou este Don Próspero Tannat Merlot, a pedido de MundoVinho.
Numa escala de 0 a 100 pontos, ele concedeu 65 pontos ao vinho, com destaque para o exame olfativo, com notas máximas para a intensidade no exame olfativo: 4 pontos, em quatro possíveis, considerado “bastante intenso”.
Segundo o enólogo, o exemplar merece destaque especial já na análise visual, dono de coloração “boa”, com um rubi intenso e “brilhante”. “No olfato e na gustação encontramos notas de frutas negras e vermelhas, caso de ameixa, cereja, uva passa e até algo de pimentão”, declarou. “Há sensação de harmonia entre aroma e sabor”, acrescenta.
Com um bom corpo, na visão do enólogo, o vinho merece destaque por sua boa relação entre o tanino, álcool (12,7%) e acidez, sem indicação de adstringência e, ao mesmo tempo, garantindo um final prolongado. “É maduro e equilibrado, pronto para ser consumido”, adiciona.
A temperatura aconselhada para consumo é de 18ºC e pode acompanhar massas com molho vermelho ou carnes vermelhas. “Vai muito bem com uma salada verde”, aponta.
Diferentemente daquilo que o Uruguai costuma nos oferecer com seus vinhos, esse Don Próspero Tannat Merlot quase não tem a presença dos taninos, aquela sensação de que a boca fica um pouco “agarrada”, ou “amarrada”, como quando comemos banana verde.
Assim, embora bastante simples, esse vinho é interessante, exatamente por ser diferente. Tem sabor de frutas vermelhas, mais para a ameixa, e se mostrou equilibrado na boca, sem nenhuma característica se sobressair.
Há boa sintonia entre tanino, acidez (sensação de frescor que provoca salivação) e o álcool (12,7%), embora, na nossa avaliação, a presença da uva merlot de certa forma parece ter deixado o vinho menos robusto e, por outro lado, prevalecem as características da tannat, garantindo as notas de frutas vermelhas e negras.
Com a evolução no copo, pôde ser notado também um pouco de pimenta. No olfato, há presença de frutas vermelhas e aromas bastante agradáveis, inclusive algo floral.
Mas insistimos que, de um Tannat, sempre se espera um vinho um pouco mais robusto e este está mais para um corpo médio.
Massas com molho vermelho
Carnes vermelhas
Saladas verdes
Enoteca e Cantina Matterello
Rua Fidalga, 120, Vila Madalena, São Paulo - SP
Tel.: 3813-0452
www.matterello.com.br
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